"Raízes Brasileiras" é uma jornada de reflexão e identidade, com uma profunda exploração artística da experiência multifacetada da aculturação dentro da comunidade brasileira que vive no exterior. Através da engenhosa fusão de escultura em vidro e pintura, as artistas colaboradoras Betta Santini e Elisa Wuo encapsulam a natureza dual do caminho do imigrante, simbolizando a fragilidade e resiliência simultâneas encontradas durante essa jornada transformadora.
A habilidosa exploração de Elisa Wuo de camadas e tons terrosos em seu trabalho serve como uma metáfora comovente para as complexidades da natureza e da experiência humana ao navegar por territórios estrangeiros. Assim como as camadas de solo que nutrem e sustentam a vida, a artista constrói habilmente camadas de tons terrosos, evocando uma conexão profunda com o mundo natural. Esses tons terrosos matizados ressoam com as lutas tanto da natureza quanto da humanidade quando são deslocados de seus territórios nativos. Através da arte de Wuo, somos convidados a contemplar a resiliência necessária para prosperar em ambientes desconhecidos, enfatizando a jornada compartilhada de adaptação, crescimento e o desejo inato de conexão com nossas raízes.
Os materiais contrastantes usados por Betta Santini, como vidro e fios, delicados e robustos, com suas cores vibrantes e transparências, servem como poderosas metáforas para a profundidade emocional e complexidade da adaptação e pertencimento. Ao empurrar os limites da expressão artística tradicional, Santini e Wuo proporcionam uma paisagem visual e emocional que espelha os desafios intricados de identidade, conexão e ajustamento enfrentados pelos imigrantes brasileiros.
"Raízes Brasileiras" emerge como uma resposta artística às lutas pessoais de ambas as artistas como estrangeiras em uma nova terra. A exposição convida os visitantes a se envolver em uma reflexão profunda sobre a difusão cultural e a importância de preservar a herança nativa ao abraçar novas influências culturais. Ela enfatiza a importância da comunidade, convidando os espectadores a reconhecer a força, coragem e resiliência da diáspora brasileira.
Curadoria de Jade Matarazzo
