A criação artística se alimenta de encontros reais, alguns imaginários, com outras obras de arte, com outras sensibilidades, cruzando temáticas e cronologias. Os diálogos que nascem dessas associações são as bases da criação artística.
Esta exposição "As escritas que tramam as memórias" , das artistas Dea Homsi, Elisa Wuo, Telma Wajskop, celebra o encontro de diferentes sensibilidades que investigam plasticamente as fronteiras entre a escrita e a pintura.
Estas artistas trazem das suas relações com a escrita, outras percepções do que a compreensão do texto. O tempo retido nas escritas, o envelhecimento das páginas dos livros, as manchas, as rasuras, o desenho das letras, o vazio que há entre o gesto gráfico e todo o campo visual. Nos fazem ver o vazio entre as letras, o vazio que envolve as palavras, nos fazem enxergar um espaço, um mundo ilusório onde ficamos aprisionados, encantados e de lá, fascinados, sensibilizados de uma outra maneira enxergamos o real.
Acredito que esta experiência que as artistas nos oferecem nos fazem melhores, mais humanos.